segunda-feira, maio 25, 2015

ESCRAVATURA E COBARDIA NO MUNDO GLOBAL


os novos olhares

Há  35,8  milhões   de escravos  em  todo  o  mundo, globalizado  em   nome  da  eficácia,  da mobilidade e da fortuna. No ano passado verificou-se, na soma dos desastres, 29 milhões de escravos  modernos.  Os  homens  transformam-se  cada  vez  mais  em  seres  híbridos,  que nascem aqui e além, experimentando muito cedo a fome de outras paragens, os  paraísos  de betão, informatizados, ainda capazes de encher cidades e  reformatar os  postos de  trabalho que restam depois do avanço meio  cego  a  robotização e o desinteresse pelos espaços quase desertos e contudo perfeitamente adequados a enquadrar populações humanas e a invenção de  novos  alimentos  para  o  corpo  e  o  espírito. O  exclusivismo  das  selvas  de  gente  feia, desordenada  nos  modos  e  nos  vícios,  menos  reprodutiva,  menos  culta,   esquizofrénica, gritando nos concertos de ruídos medonhos, heroicamente metais, que vão co os tímpanos e favorecendo  a  infinita  mastigação  dos   produtos  psicóticos,  que  um  professor  sem  fala acabou  de indicar  na televisão que deviam ser dados à liberdade  (felicidade) de  cada  qual, porque ninguém tem o direito de andar triste.


imigração para a Europa


                                                           a África para os africanos
                                           
Pertenço a uma geração que andou por África, dizia-se que a defender as Colónias, neste caso portuguesas, Angola e Moçambique, sobretudo. Durou tudo 14 anos e num enorme espaço onde a escravatura já acabara há muito. Havia lá famílias com mais de cem anos de fixacção, por isso com direitos em nada vindos da corrupção ou da ocupação. Embalados pelos intelectuais dos anos 60 e por uma América que já intervira em muitos sítios do mundo, ajudara na Segunda Guerra Mundial, contra uma Alemanha ensandecida por Hitler e que hoje, poderosa, praticamente dá ordens na Europa, sem abrir as concepções nem censurar a mania das grandezas dos países nórdicos, sem franquear a solidariedade e actualizar os tratados, todos deixando à Itália a «apanha» dos fugitivos da SUA África, gente que os donos dos países saídos da colonização persegue e assassina em massa. Aqueles que gritaram «África para os africanos», emigram agora para a tal famosa Europa das colonizações, sem parança nem miopia, até mesmo sem qualquer desejo de combater ao lado dos senhores do Estado Islâmico, que se dão ao luxo de «reconquistar» terras e abater preciosidades arquitectónicas e escultóricas da História humana. É um autoproclamado Estado, usando tácticas de homens bomba, todo o género de armas e facas dedegolar gente raptada, vestida como os presos de Guatamano. A guerra imperialista decorre há tempo, valores históricos e artísticos derrubados, milhares de vítimas, mais de um milhão de refugiados. Que África é a esta?

                                                               
O quadro das vítimas

Milhões de pessoas voam para toda a parte, cruzando-se no espaço e procurando ver outras gentes, explorá-las ou arranjar por lá outros empregos, todos técnicos, bem pagos, dentro de casas  «inteligentes» A tecnologia das comunicações põe tudo onde se quiser, compra e vende à distância, mas ninguém se importa com os desastres principais, do Nepal às Filipinas. O planeta não é tão eterno como julgam as tribos desta nossa humanidade da fashion e outras passagens vermelhas.
Um alienígena que se confunde  com os humanos disfarçados de palhaços pergunta à saída do estádio de futebol de Guimarães:
Bom, lindo, divertido, desporto de placagens e despachos, multidões gritando de alegria, apitos, mortos, feridos -- o futebol. Cem anos? E ainda se faz assim? Quando pensam que ele termina? Quem escolhe quem?


os novos deuses
Agora vivemos no presente, aglutinação de passados e memórias. O futebol não é uma mania, é uma indústria, uma religião, uma batalha de coragem.
E os escravos? Depois de povoado (mal) o mundo que vos restam, que razão resta para raptarem trabalhadores e os prenderem a uma plantação de jagunços, beterraba ou lama com diamantes?
O senhor não sabe do que fala. As relações entre zonas da economia e da finança, onde se alimenta a indústria de produtos rapidamente alimentares, são uma conquista moderna onde o trabalho rende pouco mas é uma conquista para amanhã.
Por uma batata amanhã o senhor paga a esta gente desenquadrada um ordenado de 200 a 500 euros, coisa que não dá nem para alimentar um cão, desses de qu etato gostam e tantas vezes abandonam? Asilos de cães. Asilos de velhos. Aldeias do sonho com demografias aviltantes: um habitante, dois, uma família com uma menina que vai à escola pela madrugada e chega a casa às 20 horas da noite, última passageira de uma carrinha da Câmara Municipal que dista daqui cerca de  100 kms.Sabe que isto não é sobrevivência, nem direitos? Sabe que isto é sobejamente um crime?
As pessoas têm apego à sua terra. Trabalham na sua subsistência. É uma gente simples e esforçada.
Claro que sim, mas os que dilatam as cidades com casas vazias, de, luxo, e nem sabem as doenças que desencadeiam, a vileza da vida doméstica, os assassinatos, o excesso de jovens em bandos bebendo, mal sabendo que o mundo restante é direito seu também, lá longe, nas belas serras onde a felicidade é possível sem a canga das celas urbanas?
Já tenho pensado nisso. Há dezenas de guerras em todo o mundo e a mitificação do dinheiro, excesso de coisas e de migrações e o dinheiro todo desviado para cofres secretos debaixo do mar ou na Ilha dos Piratas. A gente indigna-se e a nossa História está cada vez mais desaprendida. (pausa) Afinal, donde veio o senhor ou lá 0 que é?





                                                           mortos à beira da estradas                                                 
                                                                     crucificações

Do outro lado do Universo, desde há um milhão de anos. Nunca intervimos na vossa evolução. Mas se uma guerra Mundial rebentar, estamos prontos para os tratar compulsivamente, sem o vosso vil metal e uma carteira electrónica com a qual viverão o dia a dia durante cem anos. Reordenaremos o território e havemos de transferir para junto de nós 25% de amostras colectivas dos humanos mais ricos e dos mais pobres.Implementaremos um apocalipse de limpeza. Podem lembrar-se a partir de agora: estamos em toda a parte, aqui, e em muitos casos dentro das vossas estruturas mentais. Desde o próximo mês metade das vossas actividades de risco e inúteis, vão começar a ser pulverizadas. Como aquela dos seiscentos milhões nas pensões. É mesquinho e carecido de invenção. Em poucos anos, tudo estará na mesma. As fontes para a Segurança Social, têm de ser várias e capazes de repetição todos os anos. A vossa classe gestora consome milhões e milhões de euros de vencimentos: uma suave fatia a cada membro, proporcionalmente, fará maravilhas todos os anos.E isso será acompanhado por outras baixas nos altos salários, nos altos lucros. Pelas nossas contas, quase sem se dar por isso, triplicarão por ano a verba de reforço da S.Social.A tal TSU pode mesmo ser abandonada no mais fundo do Mar dos Sargaços
Está visto. E bem Visto. E não nos podem ajudar na fundação do Banco de Fomento?
Claro que sim. O dinheiro não foi para lá. Está tudo às escuras, menos os gabinetes daqueles que foram nomeados para os altos cargos e JÁ GANHAM O SEU FARNEL. Também podem falar com o Francisco: ele sabe o que dizer e até sabe o que fazer. Portugal? O último habitante da última aldeia?



                                              Portugal? O último habitante desta aldeia?