quinta-feira, julho 31, 2014

GAZA MORRE SOB O IMPÉRIO JUDAICO






A cidade de Gaza foi fundada aproximadamente no século V a.C. por piratas do Mediterrâneo que se denominavam Filisteus e chamaram a região de Filisteia.
Após diversas invasões(tribos israelitas, babilónicos, persas e assírios), caiu nas mãos dos macedônios, cujo processo de imperialização possibilitaram-na o contato com a cultura das hélades gregas (helenismo).
Quando os romanos invadiram Israel, também submeteram a cidade de Gaza e região.
Por muito tempo ficou em poder dos bizantinos e árabes, foi dominada pelos otomanos e, enfim, pela Inglaterra ao fim da Primeira Guerra Mundial.

Partilha de 1947


Mapa da Palestina realizado pela ONU em 1947 após a partilha.

Durante centenas de anos, o Império Otomano dominou Gaza, até que o território - junto com o restante da Palestina - passou para o controle dos britânicos, com o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Durante a primeira Guerra árabe-israelense, logo após a criação do Estado de Israel, Gaza absorveu um quarto das centenas de milhares dos refugiados palestinos expulsos das áreas que hoje fazem parte de Israel.[1] [2] Com o fim do mandato britânico Gaza ficou sob domínio egípcio.
Guerra dos Seis Dias de 1967
O território ficou sob controle do Egito entre 1949 e 1967, exceto em um curto período, durante a crise do Canal de Suez, quando foi ocupado por Israel. Depois da Guerra dos Seis Dias, Israel passou a dominar a Cisjordânia, Jerusalém Oriental (ambos anteriormente controlados pela Jordânia) e a Faixa de Gaza. Em todos estes territórios, o governo israelense promoveu a construção de assentamentos de colonos judeus.

Acordos de Oslo de 1993

Retirada israelita de Gaza

Em 2005, o então primeiro-ministro Ariel Sharon executou um plano de retirada de todos os 8 mil colonos israelenses da Faixa de Gaza, bem como as tropas que os protegiam. O plano também previa que Israel continuaria a controlar o espaço aéreo de Gaza, seu mar territorial e todos as passagens de fronteira.[3] [4] Em setembro, a retirada israelense foi concluída.[1]

A situação na Faixa de Gaza começou a se deteriorar depois que o Hamas venceu as eleições legislativas palestinas, obtendo 76 das 132 cadeiras do Parlamento Palestino, em janeiro de 2006.[5] No entanto, as profundas divergências políticas entre o presidente Mahmoud Abbas da Autoridade Nacional Palestina, pertencente ao Fatah, e o primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, do Hamas, resultaram em violentos confrontos entre militantes das duas facções rivais na Faixa de Gaza, em 2006 e no início de 2007, com um grande número de mortos e feridos.[1] [6]

Confrontos em 2006

Em junho isto  2006, as Forças de Defesa de Israel lançaram sua primeira grande operação militar contra a Faixa de Gaza, desde a retirada dos colonos judeus do território palestino. Chamada de Operação Chuvas de Verão, a ação de Israel visava a resgatar o soldado Gilad Shalit - capturado no dia 25 de junho

Estes dados servirão sumariamente para se perceber um pouco do drama que se vive naquela região há tantos anos e sem que à parte lesada se tenha feito um mínimo de justiça. Israel foi implantado no território palestino onde havia população e actividades vitais ou de sobrevivência.
O dinheiro, a emigração e a tecnologia alargaram a força de Israel e a capacidade de impor pontos de vista não negociados, nem entendimentos sem invasão de territórios não integrados no acordo a favor daquele país. Israel não reconhece os palestinos nem o seu direito à formação de um país. E o movimento radical Hamas grita, a todos  os ventos, que a sua nação será erguida a troco da irradicação de Israel, quer em termos de presença, quer em termos de Estado. É caso para se dizer: tudo isto vem tarde demais. Mas um dia, não se sabe quando, Israel terá autoridade para impor um sistema a todo o Médio Oriente? Nunca será submerso? Todas as grandes potências do mundo vão poder usar da força sempre, e sempre a favor de Israel, cuja crença no destino divino acham que lhes pertence? Mas eles não sabem que Deus, visto nessa perspectiva, é também um abismo, milhões de vezes maior do que o maior buraco negro do Seu Universo?

quinta-feira, julho 24, 2014

CPLP + GUINÉ EQUATORIAL + GODOT




A presença de Portugal na CPLP «esteve em risco», caso não tivesse dado carta verde à entrada da Guiné Equatorial, confidenciou à Comunicação social uma fonte do Governo conhecedora das negociações. Depois de anos de resistência portuguesa, e com a cimeira de Díli a aproximar-se, as negociações tornaram-se mais difíceis. Dilma Rousseff e José Eduardo dos Santos, presidentes do Brasil e Angola, forçaram a entrada. Com uma ameaça: se Portugal tivesse insistido em dizer não, os outros países ameaçavam formar «união jurídica, uma união PALOP mais o Brasil», explicou a mesma fonte. Um exemplo ilustra a determinação de Dilma nesta recta final do processo: o Brasil «queria que a Guiné Equatorial ficasse já com a presidência da CPLP», na cimeira desta semana em Díli. Teodoro Obiang Nguema «nasceu do demónio e alimenta-se do medo de um povo medroso». Sentado no Centro Cultural Espanhol, em Malabo, capital insular da Guiné Equatorial, Luís Nzó, 49 anos, não cala as críticas ao Presidente que governa o País com mão de ferro desde 1979, entre várias acusações de violações de direitos humanos, torturas e assassínios de opositores. «Pode escrever o meu nome. Morto já estou eu porque não posso desfrutar da minha vida. Eu já morri», diz Luís, que nasceu na terra natal do Presidente, Mongomo. Já foi exilado, voltou em 1990, confiante no início do processo de democratização e envolveu-se na vida partidária. Foi preso e agora está sem emprego, a viver numa barraca no centro de Malabo à espera da queda de Obiang. 
De etnia Fang, a mesma do Presidente, Luís é duro nas acusações e deseja que Obiang seja castigado pelos crimes que cometeu pelo próprio povo «e não que esperasse pela sua morte». O tema da sucessão está presente nas conversas das ruas da capital, entre apoiantes e opositores. O chefe de Estado tem como um dos vice-presidentes o seu primogénito Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido por Teodorín. «Se o filho ficar no poder será muito pior e mais complicado para todos nós», desabafa Damien, morador no centro da cidade, o Centro Cultural Espanhol, em Malabo, capital insular da Guiné Equatorial. 


Memória selectiva da ditadura
Luís oferece-se para percorrer as zonas mais pobres de Malabo e mostrar a outra face do país. No dia seguinte, aparece vestido com uma t-shirt com uma foto de Francisco Macías, o ditador derrubado por Obiang em 1979. As organizações internacionais de direitos humanos consideram o regime de Macías como uma das ditaduras mais brutais de África, com a morte de milhares de opositores, a destruição do sistema de ensino e de todo o sistema produtivo (encerrou roças de café e cacau e chegou a proibir a pesca). Mas para Luís, «a ditadura foi sempre a mesma. Ele [Obiang] era quem fazia as coisas». Obiang, sobrinho de Macías, passou a ser o principal responsável militar da ilha de Bioko (antiga Fernando Pó), onde estava a capital política, quando o ditador foi para a sua terra natal, Mongomo, no início da década de 1970.
Alguns elogios ao antigo ditador ouvem-se na rua, por oposição ao actual presidente. Desempregado há sete anos – «apenas por ser da oposição», diz – Andrés Ondo Mayie recorda que «Francisco Macías tinha um dom natural para falar com as pessoas» mas «não tinha decisões próprias», porque quem «decidia tudo era a sua mão direita», Obiang. Maye não tem dúvidas: «Macías ditava mas apenas porque era o chefe de Estado» e «foi melhor Presidente porque ajudou a construir infra-estruturas e telecomunicações». Além disso, «Macías sabia que havia petróleo mas exigiu que fossem empresas e técnicos guineenses a fazer a investigação», ao contrário do governo actual que «está a colocar o dinheiro todo nas mãos dos estrangeiros».
Apesar de tudo, o desejo de democracia levou-o a colaborar no golpe de 1979. Ainda guarda cicatrizes no corpo de um estilhaço de bala mas Maye diz-se desiludido com Obiang e mesmo com a independência, tendo em conta a «miséria em que o povo vive hoje». Durante o tempo colonial, «ganhava-se pouco, mas chegava para colocar os filhos a estudar na escola e os encarregados das quintas até conseguiam pô-los em Espanha».
Hoje Mayie, o antigo professor de hotelaria, com curso de Marbella (Espanha), diz que o país vive «em medo permanente». Assim se explica o receio das fotografias que existe em todo o território. São proibidas fotos e as pessoas reclamam quando um estrangeiro fotografa na rua. «Pode até ir preso. Há casas fotográficas mas não há quem tire fotografias porque as pessoas têm medo», diz.

Medo é pilar do regime
Luís Nzó diz que os guineenses que permanecem no país vivem «paralisados pelo medo». É esse «medo aterrorizador» que bloqueia qualquer tentativa de derrubar o regime. A isso soma-se a desorganização dos opositores e a ausência de recursos militares, porque o exército é liderado e controlado por elementos do clã presidencial, Esangui. O líder do único partido da oposição com assento parlamentar (um lugar em cem eleitos), o Convergência para a Democracia Social (CPDS), concorda e diz que o regime assenta parte da sua sobrevivência no medo. «A ditadura assenta sobre três pilares»: a pobreza, a ignorância e o medo. «O regime começou por empobrecer a população e deixou os cidadãos completamente dependentes do poder», começa por explicar Andrés Esono Ondó. Depois, a prioridade é a «desinformação e a ignorância». O «regime procura cultivar a ignorância e, apesar do petróleo, não constrói escolas para formar as pessoas, porque sabe que as escolas não ensinam apenas conhecimentos, mas também dão uma educação cívica e social». Resta o medo. «O regime não apenas marginaliza, também tortura e assassina. A política é a morte. Um cidadão que queira fazer política corre o risco de sofrer prisão, torturas e mesmo a morte», diz o dirigente, que esteve preso «várias vezes». Quando são as eleições, «obrigam-nos a votar publicamente no partido do poder» e os «guineenses estão incapazes de reagir ao que estão a sofrer».

segunda-feira, julho 07, 2014

EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA



 Em defesa da língua portuguesa, 
o remetente desta mensagem  não  adopta o 
«Acordo Ortográfico» de 1990,
devido a este ser inconstitucional, linguisticamente
inconsistente, estruturalmente incongruente (para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na produção em geral


José Miguel Gervário

terça-feira, julho 01, 2014

MORTE DE TRÊS JOVENS ISRAELITAS


Os três jovens israelitas, desaparecidos ontem, foram encontrados mortos perto da localidade de Halbul, em território palestiniano.
Eram seminaristas e foram vistos pela última vez no colonato judaico de Gush Etzion. Tratava-se de Eyal Yifrah, de 19 anos, Gilad Shaaer, de 16 anos e Naftali Fraenkel, também de 16 anos e dupla nacionalidade israelo-americana. Da parte de Israel as culpas foram atribuídas ao Hamas, tendo o primeiro-ministro declarado que «O Hamas vai pagar». Isto é tanto mais grave quanto o Hamas proclamar a necessidade de apagar na região o Estado judaico. Israel retaliou rudemente, como é seu requisito estratégico, e mais rupturas se abrem na região. Só não se percebe é porque razão Israel, ao não reconhecer nem autorizar um Estado Palestiniano, tendo aproveitado conflitos armados para construir verdadeiras cidades de colonatos em territórios que nunca lhe pertenceram (pela convenção estabelecida sobre Israel entre a Palestina, a Inglaterra e a França). Até quando julgam poder bater-se, sem a América atrás, com todos os Hamas, os que subsistem e os palestinianos em geral, votados a uma terra que não podem governar, explorar, amar, já que existem ali desde épocas bem remotas?