sábado, dezembro 19, 2009

IMAGENS DE ALGUNS FILMES DE ELIA KAZAN

Comemora-se este ano o centenário do nascimento de Elia Kazan, cineasta dos maiores de toda a história do cinema. Recuso-me a ficar calado. Algumas imagens aqui e uma síntese do história deste artista invulgar depois

A LESTE DO PARAÍSO 1955

PÂNICO NAS RUAS 1950


RIO VIOLENTO 1966

AMÉRICA AMÉRICA 1963

O ÚLTIMO MAGNATA 1976

VIVA ZAPATA 1952

ELIA KAZAN: PORQUE NÃO DEVEMOS ESQUECÊ-LO

Elia Kazan
Entre nós, como é habitual em muitos casos, o centenário do nascimento de Elia Kazan (1909)passou quase despercebido. Penso que estas datas datas, relativas sobretudo a grandes criadores do audio-visual, do teatro, das artes cuja natureza nos permite caracterizá-las com o tempo e o espaço, deveriam ser sempre assinaladas, pelo menos, na atelevisão. Não era nada difícil fazer uma notícia, falar com algum conhecedor credível, e passar entretanto algum trecho de uma das suas melhores obras, ou eventualmente filme inteiro. Mais ou menos dilatado, o momento de comunicação pública, seria sempre de boa qualidade, com a vantagem de dservir a conservação de memórias culturalmente inalienáveis. É que, Elia Kazan, emigrado muito cedo para, foi sem dúvida um dos maiores nomes de sempre do cinema. Era grego de Constantinopla, e trabalhou também para o teatro, encenando de forma notável Morte de um Caixeiro Vajante (pela escrita por Arthur Miller) e igualmente Um eléctrico Chamado Desejo (de Tennessee Williams), obra que depois realizou no cinema, com o mesmo título, e a notável exploração expressiva de um actor que não se esquece facilmente, Marlon Brando.
É importante assinalar, desde já, que Elia Kazan ganhou um enorme prestígio como director de actores. Não só os dirigia, em grandes encenações, como também os descobria, através de uma sensibilidade especial. Marlon Brando foi um desses casos, que também dirigiu em obras angukares do cinema, como também aconteceu com o mítico actor James Dean.
Dean, até pela sua prematura e trágica morte, tornou-se a marca de um certo tipo de escola, abrindo uma ilustração privilegiada da geração rebelde daquele tempo e das relações entre pais e filhos, a conquista da dignidade e o valor solitário de a salvar. Rebelde sem Causa (em Portugal distribuído com o título Fúria de Viver) deve-se ao talento de Nicolas Ray e trata-se de um filme de referência no âmbito da sua temática.
Quanto a Kazan, é curioso o seu trajecto, numa América de tantas contradições: alcançou dois óscares (como realizador) pelos filmes A Luz é para Todos (1947) e Há Lodo no Cais (1954). Depois, apesar de uma produção carregada de obras primas, a Academia afastou-o daquele mérito, o qual caberia, com fortes razões, a obras como Um Rosto na Multidão (1957) ou esse inesquecível preito de homenagem aos emigrantes da Arménia, Itália, entre outros pontos, o filme América América (1963). A sua obra é sempre marcada por uma qualidade superior na orientação dos actores, num realismo de timbre dramático avassalador, na busca de conteúdos importantes, próprios dos tempos e da condição humana. Para além destes filmes, há outros de índice igualmente superior e que têm sido injustamente esquecidos como A Voz do Desejo (1956) e O Compromisso (1969), ou esse belíssimo melodrama (com James Dean) Esplendor da Relva.
Em 1999, e apesar de todos os males de ostracismo que têm vindo a matar a memória de obras notáveis, devidas a uma recuperação saudável, mesmo para esclarecer o horror dos pecados de gula manipulada pela espectacularidade tantas vezes gratuita (e cara) das indústrias do meio, Kazan fou contemplado por Hollywood, com a atribuição de um Óscar honorário. O cineasta viria a falecer cerca de quatro anos depois.
Os que tiveram o privilégio de conhecer a obra destes homens, incluindo muitos mais depois recuperados a Leste e noutras cinematografias indissociáveis da nossa verdadeira formação, devem assumir tal memória, sobretudo partindo de professores, artistas, cineastas, escritores, actores, a fim de não nos perdermos em falsos avanços ou na perda do gosto em termos culturais, e também qualidades sociais e ideológica (formativas) de tais exemplos.

sábado, dezembro 12, 2009

VEJA PACHECO ESCRITO POR EÇA DE QUEIROZ



contrapontos

Li hoje um curioso artigo no Diário de Notícias, «Desonestidde de Pacheco», na página A VESPA. O articulista parece ter descoberto mais uma qualidade na natureza pública de Pacheco Pereira. Lá para o fundo do blog lembro-me de ter escrito qualquer coisa sobre ele e A QUADRATURA DO CÍRCULO, ou melhor, O CÍRCULO DA QUADRATURA, que é de facto o que mais parece a dinâmica giratória e retórica sobreposta de Pacheco e Xavier. O terceiro não importa porque vai e volta, e o apresentador/moderador, de óculos redondos e barba rasa, nunca se digna a parar um dos permanentes para dar a palavra ao outro, zelando pela disciplina conunicacional, contra sobreposições e interrupções, a fim de que a emissão chegue ao telespectador com um mínimo de respeito por este oculto personagem.
Embora conhecesse intervenções deste tipo, às avessas, cheias de sinuosidades argumentativas por tudo e por nada, coisas pequenas, murmúrios em forma de boato, a precariedade do trabalho político, no governo e um pouco por toda a parte, dentro da minha cabeça a vespa agitava-se radiofonicamente, cada vez mais eléctrica e estridente. Este trauma fez-me lembrar um famoso tempo de antena radiofónico que dava pelo nome, sempre a condizer, de «Flash-Back». A audiência devia ser enorme. Pacheco Pereira só deixava de falar quando ia passear ao antigo Leste, nomeadamente à Tchechénia (diziam os jornais). Na volta, e sem falar no passeio, a pancadaria nos políticos do tempo recomeçava e Pacheco, desdobrando em redondo longos pensamentos da melhor dialéctica, comia as papas do interlocutor, o queixoso José de Magalhães. Não sei se haveria mais gente no programa, nem qual o coordenador. Lembro-me, sobretudo, de Magalhães (não, não falo do computador, coitado), quando episodicamente ele tentava falar: logo logo logo o interrompia o companaheiro, repetindo uma entrada qualquer, as vezes que fossem precisas, até o outro ser vencido e se sentir amordaçado, compelido a falar na hora tardia da esmola.
Outro dia passei pelo programa do CÍRCULO e fiquei pasmado ao ver um recem saído de Ministro, arfante e simpático, a dar explicações e a justificar a famosa compra do (agora sim) Magalhães: e logo o nosso Pacheco, com o Xavier contristado à espera da sua rábula, se lançou como gato a bofes para desmontar toda uma enorme e artificiosa manobra económica, a forma de comprar o aparelho, o embuste dos programas do próprio computador, tudo péssimo, feito para o terceiro mundo e fabricar mais gente analfabeta. Aqui fiquei um bocadinho perplexo: então as pessoas do terceiro mundo podem receber coisas de embuste, aparentemente porque, na sua menor capacidade de entender, só é devido aos outros, na Europa, o direito a programas bem feitos, dignos de uma escola verdadeira? Parece, pela conversa, que nem aqui se deveria devassar o espaço educativo com aquele princípio tecnológico, piroso e terceiro mundista. Pela boca morre o peixe. E o peixe engole, na água, o oxigénio dela - e não sabe nada de Teoria da Educação.
Resolvi então investigar na VESPA qual o pecado cometido pelo historiador bizarro, enovelante, que vai para a última fila da Assembleia da República e de lá aparece na televisão, ou dizendo uma verdade sinuosa e ponto final, ou refastelando-se no banco, a cabeça inclinada e um sorriso sardónico nos lábios. É, além do mais, e se calhar mais, um personagem que talvez o Eça gostasse de conhecer, escrevendo-o depois num romance que começaria em Moscovo e se desenrolaria no Alto do Pina, em Lisboa, antes, muito antes do PREC. e do ABRUPTO.

Diz o articulista do Diário de Notícias (12.12.2009):
«Se dúvidas restassem sobre a matriz estalinista de Pacheco Pereira e a sua evidente queda para a reescrita da história, o seu Ponto Contraponto na Sic-Notícias dissipa-as. Na última edição, a 6 deste mês, o que era suposto ser mais um programa de análise dos media, foi, tão-só, o tempo de que o "historiador" precisa para desfiar a sua agenda de ajustes de contas pessoais.
Cada programa é utilizado para disparar as mais diversas desonestidades intelectuais contra os seus inimigos, estejam eles fora ou dentro do PSD, fora ou dentro das redacções. Foi o que aconteceu com a análise feita à brochra distribuída por todos os jornais no dia em que entrou em vigor o Tratado de Lisboa. A versão portuguesa de um folheto, cujo conteúdo é certamente discutível, e que foi publicado no mesmo dia nos 27 Estados membros da U.E., foi alvo da fúria de Pacheco que o classificou como um documento de propaganda do Governo do PS pago com o dinheiro dos contribuintes nacionais. Mais adiante, no mesmo programa, quis comparar o DN e o Público, para dizer que, infelizmente, os dois jornais "estão cada vez mais iguais". Socorria-se Pacheco da capa das revistas respectivas, que ambos os jornais publicam aos domingos. Uma capa de publicidade! Exemplo que demonstra que, por mais que Pacheco tenha abandonado há muito o trilho de Estaline, o ex-ditador soviético nunca saíu de dentro de Pacheco...»
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a isto chamaria eu uma gravidez de risco

quarta-feira, dezembro 09, 2009

COPENHAGA, ADIAMENTO DA NOSSA ESPERANÇA

imagem publicada na imprensa, altos fornos
debitando para o espaço milhares de toneladas de gases impróprios


Apesar do entusiasmo com que as sociedades mais avançadas encaravam o século XX, por comparação com as alegrias e capitais de esperança quase utópica alimentadas no século XIX, a história, com bases científicas bem sustentadas, ficou sobretudo marcada com duas grandes catástrofes de exclusiva responsabilidade humana: e estou a referir-me, naturalmente, às duas Grandes Guerras mundiais, talvez com relevo mais apocalíptico para a segunda a projectar-se no espaço e no tempo (afinal de ambas), desde a expansão gigantesca das tropas sob o comando geral de Adolfo Hitler, cujas ideias sobre a raça ariana, a dura concepção dos sistemas, a par da exclusão dos judeus, se exprimiu em campo das formas mais hediondas e ocupou em pouco tempo praticamente toda a Europa. Apesar do extraordinário avanço das tecnologias nesse tempo, há cerca de oitenta anos, o fim da guerra e a partilha da Alemanha entre Russos e Americanos, veio traduzir-se, desde logo em termos de reconstrução, num leque de resoluções ao mesmo tempo aterrador e utópico. Não foi preciso esperar muito tempo para se sentirem os efeitos que por vezes decorrem da dinâmica bélica, acabando por se projectar nos mercados e em mutações dos sistemas de vida. Os crescimentos desproporcionados, sobretudo no recurso aos combustíveis fósseis, carvão e petróleo, todos sabemos, induziram brutais gastos de energia, produção massificada de bens de conusmo, opções que, visionando a imensidão do planeta, desde sempre prescindiram do estudo quanto aos efeitos de grandes perdas em lixo, materiais e gases corrosivos, tóxicos, perturnadores do próprio equilíbrio sistémico do planeta. sem pontadOs pensadores castrofistas conseguiram antecipar cenários inquietantes e foram surguindo filmes de ficção que procuravam, contudo, conferir a maior das verosimilhanças a desastres profundos, tratados já com elementos de uma investigação dos sistemas que equilibram a realidade e a realidade da vida. As novas tecnologias, em ambientes difundidos para todo o mundo pela televisão, também reflectiam as aprendizgens decorrentes da complexa abordagem e exploração do espaço cósmico. Mas os limites existem, apesar de tudo. E basta referir que a estratosfera é já um enorme caixote de lixos, entre centenas e centenas de satélites com inúmeras funções. Cá em baixo, há aterros indizíveis, onde só os indigentes profundos procuram restos, comida existente nas embalagens azedas, jantares de pães soltos mas duros, cascas de frutos, uma imensidade de detritos que a fome e o engenho parecem reconverter para usos comuns. Cartões transitórios, entretanto utilizados pelos milhões de cidadãos sem abrigo, cuja casa desmontável se implanta na rua, seja qual for a natureza do tempo, acrescentam às cidades um efeito desagredor da realidade afinal delicada, insustentável (sem ponta de metáfora) ao lado das indústrias poluentes, que rompem em baixo paisagens inteiras e enviam para o espaço biliões de toneladas de gases tóxicos, numa incalculável destruição de equilíbrios, apesar da absorção do Co2 pelos oceanos e florestas. Apesar disso, a verdade é que na superfície da Terra o peso dos factores emitidos desafina a balança dos fenómenos e diversos efeitos relativos à manutenção do equilíbrio.
Hoje, estamos à beira do limite. A derrocada das condições de vida nesta nossa nave colocou-nos, pelas nossas próprias mãos, num cenário de catástrofe global e, a prazo, de total extinção das espécies. Por isso, depois de assembleias mais ou menos falhadas desde há vinte anos, aposta-se tudo na reunião, em Copenhaga, de representantes qualificados de 190 países, um total de cerca de 15.000 pessoas. O aparato ilude. Desde há pouco que já se conhece a reincidência dos Estados Unidos da América em não se comprometerem, apesar de declarações da China e de outros países terem começado por admitir reduções de poluição significativas. As energias aternativas são uma via já em prática mas os donos do petróleo que resta esperam cinicamente enriquecer ainda mais à custa de plataformas especulativas e contrárias ao esforço pretendido. Porque, embora eles pareçam julgar que nada vai acontecer, a verdade é que vai -- e vai muita mais depressa do que se julgava, com os gelos a derreterem, os oceanos a subir, o aquecimento do planeta anunciando alterações climáticas apocalípticas.
Imaginemos um qualquer erro de cálculo e a antecipação de novas ressurreições.

terça-feira, dezembro 08, 2009

INSTRUMENTO ESTRUTURAL DO HOLOCAUSTO

esta e outras fotografias foram publicadas na internet
pelo título

exactamente como foi previsto há 60 anos
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Não há erudição que nos valha para trazer à lembrança do mundo a tragédia dos genocídios que os nazis, durante a II Guerra Mundial, perpetraram com o mais ignóbil dos zelos, dispondo de instrumentos capazes de aniquilarem seres humanos aos milhares por dia, meios conhecidos depois como campos de concentração e de extermínio, fábricas da morte ligadas aos polos de captura por linhas férreas exclusivas. Alguém escreveu que o Deus em que uma parte das sociedades acredita, é hoje o mesmo de ontem, de há 60 anos, de há dois mil anos, eterno, omnipresente e omnisciente. Criador do mundo, Ele soube, no próprio instante da criação, todos os instantes da história humana, para falar apenas de nós. É velho este argumento, mas ou as qualidades divinas são aquelas (e então partilha com os nazis tudo num só segundo) ou, a ter cambiantes, o que produziu como universo é de sua livre e exclusiva vontade, assim responsável único pelos desastres verificados entre os homens, no seu tempo mensurável, e considerando que Deus não tem dimensão e que o seu tempo é imensurável, tudo contido num milionésimo de segundo ou menos.


Estas pessoas sobreviveram ao gelo da morte, ao fogo do inferno, às cinzas poluentes que se libertavam de certas chaminés e a certas horas. São o testemunho para a história futura dessa ignomínia a que se chamou o Holocausto. É uma questão da História lembrar que, na altura em que o Supremo Comandante das Forças Aliadas durante a II Guerra Mundial, General Dwight D. Eisenhower, encontrou as vítimas dos campos de concentração, logo estabeleceu um plano de registo exaustivo das pessoas, lugares, testemunhos, através de fotografias, filmes e gravações. E fez mais. Fez com que os alemães das cidades vizinhas fossem guiados até aqueles campos para que pudessem ser testemunhos vivos dos acontecimentos, participando, inclusive, nos trabalhos de enterramento dos mortos. Eisenhower pensava que esta operação era fundamental: ter o máximo de documentos, tanto pela importância deles em si como para lutar contra aqueles que, em algum momento ao longo da história, tentassem lavar os restos do horror, dizendo que tudo aquilo nunca acontecera. Foi um homem avisado, o general, pois passaram apenas 60 anos sobre a guerra e já apareceram os sinais da negação. Quanto ao problema do mal, justamente nesta dimensão preventiva, é bom relembrar o que disse Edmund Burk: «tudo o que é necessário para o triunfo do mal é que os homens de bem nada façam».
Os prolemas da realidade actual começam a ser atravessados por tais memórias e a desencadear litígios na própia Europa, entre questões religiosas, rácicas e da emigração. O Irão, entre outros países, tem vindo a sustentar que o Holocausto não passa de um mito. Num tempo de globalização, com redes comunicacionais em grande escala, a tese do apagamento de certos factos é bem revelador de quanto importa tratar a fundo do património da humanidade, a todos os níveis. É incomportável ver a destruição de monumentos fundamentais na história do mundo, a tiro de canhão, como quem procura, como os talibãs, estabelecer à sua volta comunidades destituidas do sentido de civilização.


O email distribuido na internet a cerca de 40 milhões de pessoas é uma tentativa de preservar a verdade histórica e os valores civilizacionais por que nos batemos.
Há poucos dias, o Reino Unido removeu o Holocausto dos seus currículos escolares porque «ofendia» a população muçulmana que afirma que o Holocausto nunca aconteceu.
Esta atitude é um sintoma assustador, sinal do medo que está a atingir o mundo e quão
facilmente cada país se pode deixar arrastar.


Mas é bem certo que a memória não pode ser destruída, nem por grupos terroristas, nem por teocracias que misturam até ao sangue falsos dogmas religiosos com as convenções políticas menos esclarecidas. A verdade é que, pelo plano dos campos de concentração, sabe-se hoje com propriedade que foram mortos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos e cerca de 1900 padres. Os instrumentos de morte foram conservados, num esforço de significar no futuro a irracionalidade que eles representaram e a sua pérfida geometria, ligações ferroviárias aos pontos, longínquos ou não, de recolha de gente abater. E é pena qus meios da comunicação social, hoje, passem tão ligeiramente por factos ocorridos em África, nomeadamente a guerra entre dois países, por oposição étnica, donde resultaram, em dois meses, a morte de 800.000 pessoas. Onde se colocam estes números? Quem os limpa das próprias escolas africanas?