sábado, novembro 25, 2006

HOMENAGEM A ÁLVARO LAPA

O que smboliza a arte senão a alegria e a tragédia?
Quem não considera o não-ser compreende a arte sem distância,
O não-ser corresponde à imaginação que trabalha e ao animal.
Emociona-me a palavra «lenda» como sentido do que faço.
Naecicismo do indivíduo ou da Natureza tanto faz.
Entre a elite e a claque a escolha impõe-se.
Trabalhanos em ultrapassar os nossos limites ou trabalhamos em amar.

Este extracto foi obtido de um texto de Álvaro Lapa para uma exposição sua, em 1985, na galeria Emi, ajusta-se bem à lembrança dele e da sua obra, agora presente no Palácio da Cidade de Lisboa, e na qual emerge bem uma escrita assim, na «pintura com escrita» e o modo raro como utiliza as palavras propriamente ditas, num discurso ao mesmo tempo hermético, angular e deslumbrante. Mas é preciso apontar o dedo ao país para anunciar os desacertos de alguns actos, posto que Álvaro Lapa faleceu este ano, 2006, quando ainda decorriam os trabalhos de preparação desta exposição e catálogo.

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