sábado, agosto 22, 2009

FÉRIAS MÍTICAS NA PRAIA: O MUNDO DESFAZ-SE














Quem renuncia à praia não é gente
de verdade, porque a praia, apesar das multidões,
das promiscuidades, da desordem urbanística,
do pouco zelo pelo tratamento das falésias,
é, dizem os aficcionados, o melhor tónico
de sempre, mesmo tendo cada vez mais nocivos
raios solares e até o fanatismo feminino,
ou de toda a gente, em passarem da pele
branca, por vezes bem bonita, ao mais sujo
dos bronzes.









Até se bronzeiam
previamente em máquinas,
das tais geradoras de doenças que até custa nomear.
E agora, além do mais, passa a haver outro
desporto de alco risco: procurar sombras debaixode falésias e rochas
avisadamente prestes a ruirem.
Ontem aconteceu que um troço de rocha
certamente instável, acabou por desabar sobre
os banhistas que se acomodavam afoitamente
naquela sinistra sombra. Vários mortos e feridos.
No Allgarve

Aconteceu numa praia perto de Albufeira.


Desta vez, a falésia desmoronou-se fragorosamente sobre a areia
e as pessoas que se acolhiam se acolhiam à sombra dessas «fortalezas»
em vias de ruir. Mortos e feridos. Casos dramáticos. Ajuda tardia,
sem a sem prospecção de lugares cujo uso por humanos coincide
com a regular erosão de colinas, barreiras, rochas, falésias.
E as autoridades, que colocaram uma placa de perigo ou proibição
na rocha que se pode ver na última destas imagens, falando
pelas televisões, dizendo o que vão fazer para que as pessoas
não se aninhem debaixo dos «matadores».
O que restou desta derrocada, um aparente sinal menhir,
Torre de Pisa sem engenheiros,
um rochedo há muito instável que vai ser
cautelosamente derrubado.

3 comentários:

QV4 disse...

muy buen blog !!! saludos desde argentina

Miguel Baganha disse...

A vida é feita de riscos. É necessário usar o bom senso para os diminuir.
Lamento este episódio trágico e chocante.

Um abraço,
Miguel

jawaa disse...

Sempre a falta de civismo, que nos leva a não respeitar os avisos e os avisados.
Prevalece aquela anedota bizarra do Português que receia atirar-se a um poço: «Olha que é proibido...»
E zás!

Um abraço de Verão