
O Prémio Nobel da Literatura, em 2011, coube ao poeta sueco,
Tomas Tranströmer, quase um desconhecido para a grande maioria das pessoas. A escolha é falhada: um homem traduzido, é certo, mas apenas com 15 obras durante a sua longa vida e feitor de uma poesia que não se pode comparar com a qualidade do nosso
Herberto Hélder. É difícil concordar com a afirmação de que Tomas Tranströmer tem uma obra vasta e é o maior porta vivo sueco. Mas para além dos grandes talentos vivos da Suécia, há muitos outros, e maiores, fora da Suécia. A poesia regressou ao Nobel, mas, pela nossa parte, estava aberta, descaradamente, a porta da Academia. A Suécia já tem, apesar do frio e da vida sedentária dos génios nas
suas ilhas, sete prémios Nobel. Há aqui uma estranha assimetria e o gosto de Academia cada vez mais informado sobre o gosto no mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário