terça-feira, outubro 16, 2012

TALIBÃS MATAM DIREITOS, COMO O DA EDUCAÇÃO

Malala, de 14 anos, atacada pelos talibãs por querer o direito à leitura
e à aprendizagem em geral

É inacreditável que o mundo (além das decomposições materialistas que sofre cada vez mais, globalmente, a caminho de uma implosão trágica) tenha ainda de aceitar sem fúria devastadora os senhores talibãs, uma gente que não se escusa de comer e de desejar o mando absoluto, mas que repele até à morte e à tortura os que procuram aprender o espaço da sua identidade, dignidade, sabendo ler e escrever, ouvindo música e vendo cinema, ganhando consciência dos seus direitos fundamentais e cívicos. Os talibãs renegam e proíbem a música, as imagens da arte, na pintura ou no cinema e teatro, entre coisas tão absurdas e radicais como essas, pelo que muita gente os julga dementes e próprios campos clínicos do outro mundo.
Atravessa o planeta uma grande indignação (embrulhada noutros lixos) relativamente ao ataque à bala contra a paquistanesa Malada, de 14 anos, dotada de uma forte consciência das "coisas do tempo" e do que prepara o futuro, através de um aprofundamento das artes, das letras e das ciências, incluindo o papel das pessoas no esforço entrosado que dá vida às comunidades. A rapariga foi atingida na cabeça e num ombro, tendo sido difícil a sua sobrevivência.
No jornal Público, de hoje, Maria João Guimarães escreve que o último crime dos talibãs paquistaneses foi «demasiado chocante (...)». Mas terá sido suficiente para uma acção militar contra os extremistas que estão a expandir a sua influência na região tribal que faz a fronteira com o Afeganistão? Uma menina de 14 anos atingida a tiro na cabeça por defender o direito à educação é impressionante. É mais chocante ainda, porque sabendo que ela não morreu os talibãs prometem voltar a atacá-la, e um dos suspeitos detidos entretanto tentou fazer-se passar pelo pai da adolescente no hospital onde ela estava a ser tratada (Malala Yousafzai chegou ontem a um centro especial em trauma em Birmingham, Inglaterra).

1 comentário:

End Fernandes disse...

Então brother, o acontecimento é por demais de trágico. Mas, devemos observar o quanto há outros que não condenamos com mesmo fervor. Como o imperialismo americano. Temos de combater os dois e ao mesmo tempo somos tão pequenos. =S
Abrç
End Fernandes