quinta-feira, janeiro 02, 2014

PORTUGAL FESTEJA, CONSOME, TROIKANDO

Aqui temos, quase três anos depois da abertura real da crise e do avanço colossal da troika, Portugal vivendo, em plena balbúrdia, as festas tradicionais do Natal e da Passagem do Ano: fogo de artifício, fogos nos rabos e nas cabeleiras, popularmente mas a par das noites em hóteis de luxo, mulheres lindas, vestidos a condizer, uma cozinha esquálida, obras de artes plásticas, entre pequenos cubos e cilindros, pinceladas a condizer, chupáveis juntamente com frutos miniaturais vindos do Extremo Oriente. Andar pelas ruas naquela noite, rasando os sem abrigo, a malta embriagada, as multidões de roupas coloridas, bandas e cómicos numa idade média em pleno Terreiro do Paço, fogo de artifício por todo o país, Bom Ano, mau ano nunca, banhos frios para resistir às gripes e aos resgates, delírio como nunca se viu na chamada época faustosa, em contraste com a hirta marcha da troika e a crença (muito seca e singela) dos ministros que anunciam o futuro em pleno ardor de fé. Amém.

1 comentário:

jawaa disse...


Amen.
Ita missa est.