terça-feira, abril 08, 2014

NÃO É SEMÂNTICA NEM INCUMPRIMENTO


Reestruturar a dívida, no caso actual do nosso país, não deve suscitar nenhum pavor apocalíptico, nem falar como se ouviu dos socialistas: "estruturar nunca, é dizer que não se paga". Não sei se os mercados ficam incomodados com o sentido da palavra, ou se ela tem tradução imperfeita em inglês, que é a única língua que por lá se fala. Só sei é que em português trata-se de alterar uma ordem para lhe conferir outra mais confortável para todos. Deve dizer-se: Ninguém perde mais, ninguém ganha mais. Se, por inércias absurdas, tudo gira em ruído e erro, tanto mais que hoje os juros trabalhados no mundo são barbaridades de perfeita agiotagem e não se controlam com rectidão e bom senso, isso já não passa pela tal palavra. 

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