quarta-feira, fevereiro 11, 2015

A MORTE DE KAYLA SOB O ISLAMISMO RADICAL

A FÉ CEGA QUE MATA UMA JOVEM DEDICADA A AJUDAR CRIANÇAS, TENDO VIAJADO PARA A SÍRIA NUM SENTIDO HUMANITÁRIO, APONTA AO MUNDO A INVIABILIDADE  DE  LEITURAS  TÃO  ERRÁTICAS  SOBRE DEUS E  O  VALOR  DA VIDA DOS POVOS, OS QUE SE RESPEITAM ENTRE SI, OS QUE ACEITAM PARTILHAR AS COISAS, ACEITAR  AS DIFERENÇAS, ASSUMIR A COLABORAÇÃO COM OUTRAS COMUNIDADES, PRÓXIMAS OU DISTANTES.

Kayla Jean Mueller

Trata-se de mais um caso inscrito a sangue no teatro de operações alimentado pelo auto-denominado Estado Islâmico. Uma luta contra vários povos em redor, contra o próprio Ocidente, inclusive, onde se recrutam combatentes estranhamente convertidos ao islamismo, por vontade paradoxal de ALA, que significa paz, e visando também uma espécie de antigo império por todo o sul da Europa e norte de África. Os guerreiros islamitas têm exercido grande devastação nas terras que chamam a si, condenando à morte, por degolação, inúmeros reféns ou gente rebelde à sua óptica ideológica, ou pessoas raptadas em vários pontos da região, longe dela também, as quais são postas perante os países de origem em situação de resgates multimilionários, fonte de grandes poupanças para o movimento em total alucinação afirmativa e de conquista. Muitos países têm negado tais pagamentos e os islamitas filmam e divulgam por todo o mundo os rituais da degolação.
Raptada em 2013, Kayla ainda dirigiu uma carta aos pais mas nunca mais se soube do seu paradeiro. Era claramente refém do Estado Islâmico. A sua morte foi considerada por aquela entidade embrionária, entretanto condenada por quase todos os povos e na sua absurda voracidade sobre os que anatemiza sem juízo: os islamitas atribuíram a morte de Kayla aos bombardeamentos da aliança ocidental. Nada indica que esse facto tenha ocorrido incidentalmente. Kayla dedicava-se a prestar assistência a crianças órfãs ou separadas das suas famílias, o que não deveria intrigar os seus raptores. De resto, o quadro humanitário da rapariga americana, passa para uma dimensão de outra escala, devendo pertencer a áreas onde os acasos de flagelações aéreas seriam muito pouco prováveis, tendo em conta a sua orientação para ajuda a curdos no sul da Turquia ou ataques e logísticas bem mapeados nas várias acções e no seu tempo próprio.
O sorriso de Kayla fala-nos de amor, de afecto, não de ódio ou dura determinação contra os princípios que a nortearam até à idade que tinha: 26 anos.
Esperemos que um dia se possa saber dela, do seu empenho, como de outras pessoas que não emigram para a Síria para se integrar nas forças islâmicas. Há os meros observadores de aventuras travadas em más poeiras ou os jornalistas e aqueles que também aplicam a ciência à natureza e geoestratégia destes conflitos. Se ALA é grande, mensageiro da transcendência do Universo, não é com certeza tutela sem alma de uma tragédia imensurável, que o denega.


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