Ainda não é a coluna madura de uma árvore, não fabrica
fruta amarela gota a gota,
ninguém debaixo fica tão fresco,
lento,
essencial, que aprende uma língua
respirada em cada furo que tem uma língua da natureza
das coisas --
a boca no ponta de um animal e na outra o ânus, e o sangue ponta a ponta,
ou uma haste para correr
o líquido do outro -- ainda
não se despiu nem mostrou o umbigo,
ninguém lhe entalou no flanco
nem estrela que batesse de dentro para fora
como um nome de baptismo, (...)
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extracto do poema DO MONDO, de Herbet Helder (POEMA CONTÍNUO)
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