sexta-feira, julho 02, 2010

BONS OFÍCIOS DOS MERCADOS LIVRES E CEGOS

ERA PARA COMEÇAR AQUI UMA PROVA
SOBRE A BONDADE DOS MERCADOS LIVRES
E CEGOS DE CONTROLO MAS O
BLOG ENTROU NUM REGIME DE PROIBIÇÃO
DE CARACTERES QUE DESCONHEÇO
E TORNOU IMPOSSÍVEL INTERVIR ASSIM
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recomeço
Parece não haver forma de convencer as transnacionais (monstros já de si impróprios da natureza humana ) de que tais formas de concentrar riqueza, poder de compra, sempre no apetite de abocanhar os outros, são sempre anunciações de derrocadas futuras, a famosa fórmula dos mercados livres, totalmente livres de todas as circulações, incluindo as maiores trocas de dinheiro por patrimónios de grande valor monetário e cultural.
Pois eu ia falar da história (não sei se remota se contemporânea) de um multimilionário que descobre certa empresa de telecomunicações, assaz desenvolvida para o pequeno país em que se implantava. País pobre mas tranquilo. O multimilionário foi junto das autoridades mostrar o seu interesse em comprar aquela companhia. Os governantes do país liliputiano responderam com todo o polimento que não estavam interessados em vender aquele património activo, uma das suas maiores plataformas estratégicas. Mas o homem rico não os largava e foi lançando dinheiro em propostas cada vez maiores sobre a mesa que ele chamava de negociações. Claro que, após dezenas de recusa, e chamados os accionistas umareunião decisória, estes concordaram com a venda. O homem mostrou-se satisfeito e, ao assinar o título e compra, revelou que iria manter todo o passoal, embora acrescentasse alguns seus representantes no Conzselho de administração.
Logo o país se ressentiu de vários formas usadas na avaliação das tabelas, novas compras, a electricidade produzida por uma barragem de valor vital. Claro que uma coisa idêntica a esta alastra avassaladoramente pelo mundo. O menino quer, o próprio menino compra. O nosso multimilionário era um pouco assim. E ainda ameaçou com opas agressivas que pareciam mesmo um filme de ficçao científica, com espiões sonre empresas atacáveis. Mas a história deste pequeno país foi passando por essa guerra surda, virtual, enquanto o multimilionário esplhava gorjetas por todo o lado, eventualmente corruptoras, investindo em fábricas que só ele podia gerir e vender. Tudo isto contaminou o país inteiro, controlando o sistema de ensino, traficando conhecimentos e universidades, abaendo embarcações porque o peixe começava a escassear e havia possibilidades de criar alternativas a partir do estrangeiro. Até a religião (católica, neste caso) ficou em risco: o senhor todo-poderoso queria melhorara assistêmcia espiritual à sociedade e inciou uma operação de compra das igrejas, agrupando noutras as mais pequenas. Tomou conta dos artesanatos, deslocou populações, das grandes propriedades abrículas. Terra Nossa incluia cem importantes herdades, com uma sede milionária na capital. Opas sobre opas, cada vez as pequenas e médias empresas mais fiacavam isoladas, sem verdadeiro financiamento, até porque o país já se endividara, através dos bancos e do exterior, a fim de socorrer os deslocados, embora mitos casos não tivessem implicado isso, nem mesmo a saída dos donos patrimoniais. Os pobres aumentaram, rodeados de novos ricos um pouco por toda a parte.
Este país já não existe enquanto tal. Ficou dominado literalmente por um grande Consórcio nomeado Oceanoportocali. O governo, escolhido entre dois partidos, restos do que havia vinta anos atrás, alterna com aquelas forças, estas sim, vivendo na abastança. Havia uma política dupla e livre quanto aos orçamentos. Os técnicos dessa especialidade viviam a maior parte do ano em ilhas do EStado, embora haja quem diga que faziam por aí a sua economiazinha doméstica. Para lá das furnas da parte virada ao Pacífico, populações caçavam baleias e produziam óleos diversos, coleccionando também, e por outro lado, peles previosas de animais em vias de extinção. Deus, como habitualmente, estava distraído. Mas há uma zona do Universo que parece merecer-Lhe um particular interesse, sobretudo por haver aí um planeta habitado por seres inteligentes e que em pouco mais de 6.000 anos arrasaram mais ecosistemas do que os seus semelhantes ao longo de épocas remotas, há cerca de 40.000 anos. Tudo se vai alterando no planeta e a uma velocidade inquietante: ressurgem vulcões, multiplicam-se tufões e tornados, ventos roçando os 300 quilómetros por hora, terramotos no interior dos oceanos e fora, tsunamis assim desencadeadis que já destruiram cidades inteiras na Ásia e nas Américas, enquanto regiões polares se desfazem e aumantam o nível dos oceanos. O aquecimento da atmosfera leva continentes de gelo para zonas do Atlântico ou Pacífico, comunicando-se numa média aterradora.Este fenómeno tem fortes ligações com indústrias e máquinas dependentes do petróleo, sendo certo, por outro lado, que os países de cota baixa estão quase sempre inundado e a Estações do ano deixaram de fazer-se sentir: um tempo mais ou menos frio a norte e verões de um só mês, calor capaz de matar gente, o mar, mais alto, invadindo e comendo praias inteiras e destruindo grandes estruturas sobretudo dedicadas ao turismo. Nova Orleães, destruída pelo mar e por tornados incontornáveis, nunca mais foi reconstruída e por lá vive gente solitária, empobrecida, corando o ritmo da sua música de outrora e o pitoresco da invenção comunitária.
a propósito desta história, lembrei-me agora do negócio megalómano que estava para se fazer em Portugal. Não sei o que se passa. Mas vão ganhar certamente os mais fortes. Os accionistas defendem-se, com dinheiro, dos tsunamis, não defendem um certo conceito nobre de soberania, porque esse conceito também está em vias de extinção.

1 comentário:

jawaa disse...

Os mutantes sobreviverao, entre os que restarem depois do mar galgar a terra.