Achei há dias, num jornal sem data, este rosto transtornado pela queda de um olho, rosto rasgado num qualquer acidente do passado ou do futuro, grandeza poetica talvez ameaçada, o olho pendido a pressentir o mundo ao contrário. Este género de imagens ainda funcionam para nós como sinais de perigos ainda sem nome, se esperamos o incerto amanhã que está por surgir; mas podem também apontar para a história, a montante, fugas, exílios, um golpe falhado de catana. Se o poeta, político transitório, ainda se tem como poeta, pensemos que ele volte a cantar arrebatamentos de Portugal.
domingo, novembro 28, 2010
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3 comentários:
A Política em Portugal é um "acto falhado" :(
- Poeta!
O que aconteceu ao teu olho?
"Não sei...
Quando «acordei» já estava assim."
- Pois... então só pode ser
Um estigmatismo.
"Achas que eu tenho a visão Desfocada?..."
- Em certas coisas...
"O que queres dizer com isso?"
- É simples.
Penso que deves dedicar-te
Simplesmente à poesia.
"E não é o que eu faço?"
- Ultimamente não.
"Compreendo."
- Espero bem que sim.
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Um abraço,
Miguel
Poeta grande, mas só poeta, poeta em tudo.
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