sábado, novembro 08, 2014

QUANDO OS OLHOS NOS OLHAM ANTES DA MORTE




Não há maneira de olhar o mundo da Globalização sem pressentir a turbulência que tem envolvido o planeta e em que tudo o que tomamos por humanidade se dilacera entre o pavor da memória longínqua e a fragmentação financeira que milhões de corruptores, fugindo à morte em nome de uma vida «para sempre», levam aos túneis da impunidade. Há cerca de dez séculos, quando as nações ainda estavam por decidir pelo império da Igreja Católica, caravanas marítimas e exércitos em terra, varriam os crentes de outros livros sagrados, ou de outras religiões, para longe, em nome de Cristo, que se deixara morrer na cruz (a mitologia o diz) para salvar os homens da demência e da crueldade. Nada se salvou em qualquer lugar até aos dias que passam. E no século XX, em jeito de um ajuste de contas e vontades territoriais, as nações já formadas entregaram-se ás duas maiores pelejas que já se viu no mundo. Antes disso, a Inquisição da Igreja Católica Apostólica Romana fez por toda a Europa grandes limpezas dos seus contraditores, mas abusou passando por cima de milhões de inocentes. Como agora acontece, de outras bandas, rolando cabeças e extinguindo-se etnicamente gente por fim cega, sem boca nem destino. Parece que o ponto alto da civilização amada depois das grandes guerras, tecnicista e até virtual, começa a retroceder para o abismo das noites sem alma, em nome do novo deus Global e com a lâmina suja de sangue, ao mesmo tempo ímpio e inocente. Todo o planeta sucumbe sob os fumos do excesso de gastos de matérias-primas e toda a humanidade se mistura, não para fazer um novo homem, mas clonagens de seres agressivos, vindos da mais longínqua escala da Darwin. Vamos ver o que nos diz o filme Interstelar.

Sem comentários: