terça-feira, novembro 27, 2007

DO MÉDIO ORIENTE A SETUBAL

Entre certas coisas ou circunstâncias, há semelhanças por vezes inquietantes, embora saibamos distingir que não é tudo do mesmo fim. Como símbolo de um conflito que se eterniza, o jornal Público apresentou hoje a fachada de um prédio palestiano em cujos andares semi destruídos se notam as marcas da lepra resultante da fuzilaria, andar após andar, fachadas e fachadas com este aspecto.
O mesmo jornal, também hoje, publica a frente esventrada de um prédio de doze andares, em Setúbal, inutilizado nos últimos andares (isolámos aqui aspectos de três apartamentos) em virtude de uma aparatosa explosão de gás. Na diferença, e até na diferença das causas) a semelhança fisionómica destas arquitecturas, após os colapsos, relevam de um mesmo contentor infernal: a guerra de várias faces no Médio Oriente, e uma outra guerra, em Portugal, que corresponde aos surdos interesses de muitos construtores, erros de edificação, incompetência, negligência, sucessivas batalhas mal ganhas na ocupação desordenada, senão criminosa, do território nacional.


2 comentários:

miruii disse...

O vil metal, meu amigo, e a corrupção adubada pelo poder judicial e político!
Piquei, fui.

jawaa disse...

Tem razão o miruii...