Numa hora em que, pelas mais diversas pressões, enfrentamos um permanente fio de notícias trágicas, aterradoras, esta fotografia de Luis Lages (Moçambique) alerta-nos para uma possível sobrevivência dos afectos, ainda que num contexto de pedra, monumento sem rosto. Muitos de nós, contra a corrente das novíssimas celebridades, ainda se lembram da pintura de Luis Doudil, sobretudo a de uma fase final dedicada a jovens como estes, deitados e mordicando os lábios no pátio dos Corochéus, e poderão ler aqui, deslumbrados, a grande semelhança entre uma situação e outra, em particular nas roupas, na atitude recompensada, interorizada, das diferenças ou das semelhanças, imagem plástica, além de uma cor em geral, os famosos cinzas, que o artista trabalhava em valores discretos, harmónicos, magníficos
sexta-feira, janeiro 11, 2008
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