domingo, maio 04, 2008

LIBERTAR A LIBERDADE, É PROIBIDO PROIBIR

MAIO DE 68 PARA LEMBRANÇA FUTURA


Lembrar o Maio de 68, quarenta anos depois, é um convite à reflexão sobre o significado anunciador dessa data, desses acontecimentos, o grito contra a opacidade, libertador, empolgado no sonho da utopia. As verdades e os enganos cumpriram o seu raro casamento, enre vozes conjugadas e lutas nas ruas de Paris, noutros lugares também. Os estudantes não defendiam apenas uma educação mais eficaz, melhor, mais autêntica. O problema podia ter essas raizes, além de outras do mesmo tipo, mas a mudança profunda de toda a sociedade, para além dos própios valores gravados pela Revolução Francesa, abarcava tudo e todos, apontava a um futuro despido, enfim, de hipocrisias e no respeito efectivo pela liberdade. Os operários deram a sua voz ao sentido essencial desse movimento, enquanto intelectuais célebres afrontavam as suas dúvidas, abriam espaço ao vencimento da esperança: a de libertar a liberdade, a de reinventar a face do mundo e do que nele de facto importa. proibindo proibir, slogan/metáfora que ficou inserido nas memórias do último rasgo romântico que abalou o século XX. Como o rosto de rapariga, a bandeira ao alto, a beleza convicta dos actos e dos olhares - símbolo em suma do Maio de 68, e aqui reproduzido, na primeira imagem deste documento, lembança breve do que ficou para uma hora semelhante.

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