As forças internacionais, sob mandato da ONU, nunca terão meios para destruir tamanha força e uma estratégia deste género. Nem pensem os generais que comandam tais forças em qualquer tese que os faça vitoriosos, mesmo a longo prazo. Em última instância, os militares exteriores terão de enfrentar uma retirado, o que fará deles (seja qual for a encenação) os verdadeiros derrotados.
Esta grande mancha de sangue e de terror que alastra por toda aquela região, incluindo, além do Paquistão, o Iraque, o Afeganistão e o Irão, sem falar da eterna crise do Médio Oriente, é uma aventura sem retorno e praticamente impossível de legitimar perante a irracionalidade dos talibãs. A guerra santa é, sobretudo, uma guerra cega, um vazio cultural profundo, nem se pode resumir a qualquer proposta ideológica, territorial ou civilizacional. As crianças são usadas como combatentes forçados, manipuladas das formas mais abjectas, tudo em nome de causas difusas e objectivos enviezados. Contra a audição da música, dos cânticos, os talibãs incitaram as crianças a uma escola concentrada na memorização do Corão. Uma sociedade pensada assim, em que as artes não podem ter expressão nem audiência, é um «buraco negro» insuperável, sem estatuto humano e civilizacional. «Não há civilização sem arte.»
Esta grande mancha de sangue e de terror que alastra por toda aquela região, incluindo, além do Paquistão, o Iraque, o Afeganistão e o Irão, sem falar da eterna crise do Médio Oriente, é uma aventura sem retorno e praticamente impossível de legitimar perante a irracionalidade dos talibãs. A guerra santa é, sobretudo, uma guerra cega, um vazio cultural profundo, nem se pode resumir a qualquer proposta ideológica, territorial ou civilizacional. As crianças são usadas como combatentes forçados, manipuladas das formas mais abjectas, tudo em nome de causas difusas e objectivos enviezados. Contra a audição da música, dos cânticos, os talibãs incitaram as crianças a uma escola concentrada na memorização do Corão. Uma sociedade pensada assim, em que as artes não podem ter expressão nem audiência, é um «buraco negro» insuperável, sem estatuto humano e civilizacional. «Não há civilização sem arte.»
1 comentário:
Todas as guerras são imcompreensíveis, principalmente as que que provocam a morte da inocência. Especialmente esta, repleta de razões ocas e que de santa só tem o nome.
Excelente análise existencial, visando aqueles que ao invés de assumirem a responsabilidade dos seus actos, remetem-na para um deus que nunca lhes pediu nada. Neste mundo injusto e diante a incapacidade para o melhorar, a revolta é o sentimento que melhor nos serve.
Um abraço, João!
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