terça-feira, maio 29, 2012

SEPULTURAS COLECTIVAS NA SÍRIA, EM HOULA


Tem sido impressionante acompanhar o drama da Síria, a luta dos rebeldes contra  um regime intolerável e a devastação  a que este submete cidades inteiras, civis,  homens, mulheres e crianças, destruindo cegamente um património urbano imenso com artilharia pesada. O último massacre, em Houla, foi «repugnante», como classifica o jornal «Público», de hoje. A morte de cem pessoas e  trezentos feridos, o desabamento de imensas infraestruturas, tudo solicita uma intervenção da comunidade internacional e, desta vez, o Conselho de Segurança da ONU condenou  o  alastramento destas operações. Irão condena as forças da imposição e diz que vai enviar  tropas para  evitar que os rebeldes prossigam acções deste tipo. Não há esse poder militar do lado dos rebeldes nem todos os testemunhos e imagens de cidades destruídas, de paredes leprosas podem  esconder-se  debaixo do tapete. Foi preciso que imagens de crianças mortas no massacre de Houla corressem o mundo para que Moscovo e Pequim dessem um passo de condenação para esta repressão sobre a oposição ao regime de Bashar al-Assad. Os mortos são entalados entre blocos de cimento, em longas filas, embrulhados na medida do possível 
Aqui vemos uma terrível narrativa da suprema ausência.

1 comentário:

Miguel Baganha disse...

Esta narrativa breve e suprema espelha a história do mundo, palco de lutas pelo poder material e "divino", à custa de massacres e outras desumanidades perpetradas por seres que são tudo menos humanos.
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"E Deus...?
Onde está, Deus?!..."

- Está onde sempre esteve:
Na sua «Suprema Ausência».
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Abraço-o, mestre.