Homem de grande força de espírito perante as contradições do mundo, Luís Ralha, pintor e designer, nasceu em Alhandra, em 1935, formou-se na Escola Antóno Arroio, em 1957, e em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), onde viria a ser professor assistente, nos anos 80, após vários anos vividos em Moçambique. Exerceu actividade docente na Universidade do Porto e na Escola Superior de Arte e Design (ESAD). A passagem pelo atelier de Daciano Costa revelou-se bastante profícua no aproveitamente da sua vocação. Em Moçambique trabalhou essencialmente para a Direcção Nacional da Habitação, dirige um Gainete de Design Industrial - tendo então realizado as suas primeiras exposições individuais. Participou num grande número de exposições colectivas e explorou o design em obras de interior ou para equipamentos industriais, assumindo também as funções de desenhador no atelier de Daciano Costa. Foi sobretudo, nas múltplas disciplinas trabalhadas, uma figura ligada a obras de equipa, Reitoria da Universidade de Lisboa, Hotel da Balaia, Galerias Ritz. Projectou galerias municipais em Vila Franca de Xira, Alverca e Póvoa de Santa Iria. Além de outras prestações em domínios semelhantes, esteve ligado a exposições bienais, mobiliário urbano e projecto cromático para espaços dessa área. Produziu Arte Pública em Lisboa (estação do metro de Entre Campos), Alverca e Santa Iria de Azóia.
As duas únicas pinturas que foi possível recolher em tão pouco tempo (Ralha faleceu no dia 6 do presente mês de Fevereiro) mostram bem a qualidade da forma plástica que desenvolveu em diferentes modos e conteúdos. Empenhado socialmente, interessado pela nova pedagogia no ensino artístico e na própria evolução estética das coisas do espírito, Luís Ralha, como outros da sua geração e ainda activos, foi preterido pela nova crítica, enquanto, por si mesmo, se recusava a usar o habitual tráfico de influências para a sua mediatização e sucesso público. Pertence indesmentivelmente à história da arte portuguesa contemporânea, mesmo para os inventários ou publicações que o foram esquecendo na vaga de deturpações que só acharam a nossa moder- nidade e os seus protagonistas a partir dos anos 80.
4 comentários:
São lindos os quadros aqui apresentados.
Os bons, os realmente bons artistas vão ficar para sempre, enquanto os outros passam com a moda e não serão guardados na memória da História.
Gostei muito de ler e de ver os quadros e achei a fotografia fabulosa.
Vou tentar responder a seu contento...
A fotografia dos pastéis de Belém em número farto tem a ver com a brincadeira que a Bettips, uma das participantes no Fotodicionário (que suponho saiba de que se trata) fez na sequência de vários comentários sobre a escassez dos ditos pastéis apresentados mais abaixo numa outra fotografia.
A informação sobre a viagem tem a ver com as observações deixadas na fotografia do Rui. Ele é madeirense e tem vindo a oferecer-nos uma série de imagens belíssimas da Madeira que provocaram a vontade, por parte de alguns de nós, de visitar a ilha. É apenas uma sugestão lançada pela Bettips, uma entusiasta deste convívio no PPP.
Espero ter respondido às perguntas. Se precisar de mais alguma informação, esteja à vontade.
Vou tentar responder a seu contento...
A fotografia dos pastéis de Belém em número farto tem a ver com a brincadeira que a Bettips, uma das participantes no Fotodicionário (que suponho saiba de que se trata) fez na sequência de vários comentários sobre a escassez dos ditos pastéis apresentados mais abaixo numa outra fotografia.
A informação sobre a viagem tem a ver com as observações deixadas na fotografia do Rui. Ele é madeirense e tem vindo a oferecer-nos uma série de imagens belíssimas da Madeira que provocaram a vontade, por parte de alguns de nós, de visitar a ilha. É apenas uma sugestão lançada pela Bettips, uma entusiasta deste convívio no PPP.
Espero ter respondido às perguntas. Se precisar de mais alguma informação, esteja à vontade.
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