sexta-feira, junho 13, 2008

NO CENTENÁRIO DE VIEIRA DA SILVA

Começam esta semana as celebrações dos 120 anos
do nascimento de Fernando Pessoa
e do centenário da pintora Vieira da Silva



Maria Helena Vieira da Silva, portuguesa de nascimento, teve de se naturalizar francesa para poder casar com o pintor húnaro Arpad Szenes. Muito depois, as fronteiras e os regimes permitiram que a pintora fosse afinal uma personagem do mundo, Prémio da Bienal de S. Paulo e largamente difundida por toda a parte. Em Portugal também, necessariamente, onde sempre pertenceu e onde nos deixou obra, um Museu partilhado com o marido. Entre os emigrados, por volta dos anos 60, Vieira da Silva tinha um enorme prestígio. A sua pintura evoluiu em malhas geométricas, superfícies quadriculadas e distorcidas, em túneis e patamares urbanos, entre espaços abrangentes ou labirintos, convocando uma luz, porventura uma cintlação subjectiva, cuja origem muitos atribuem à memória do azulejo e à claridade matinal ou tardia de Lisboa. Este método de trabalho haveria de se estender a temas formalmente consensuais, como no exemplo aqui apresentado, o das bibliotecas, obras que relevam do construtivismo citadino e dos modos de ordenar as biblotecas. Cor, tom, estrutura, ritmo - fazem parte da sua imensa produção.

1 comentário:

jawaa disse...

Passou mais um dia dito de Portugal, mas a festa fica-se pelos palácios dos nossos governantes, com as habituais solenidades vazias de significado. Nada vi.
Para quando um dia em que Portugal se abrisse nas ruas, nas televisões, divulgando artistas, cientistas, desportistas, dizendo poetas... quando?