terça-feira, setembro 11, 2007

FOTO JORNALISMO NO HORROR E NA SOLIDÃO

foto de Nicolas Asfuri Frande Press
julho 2006
Elementos da Cruz vermelha retiram o corpo morto de uma criança dos escombros de uma casa no Gana. As palavras são cada vez mais raras para classificar este genocídio global que mancha o mundo com grandes extensões de sangue, da humana catástrofe.


sala de estar de uma barraca no bairro das Marianas, em Carcavelos
foto de Rui Gaudêncio, Público
_______________________________________
O foto-jornalismo, a par de diversos tipos de representação fotográfica, corresponde por vezes a um trabalho penoso, marcado pela dor alheia e pela nossa própria angústia. O mundo retrata-se cada vez com mais meios e menor campo de equilíbrio, de consensualidade, de pontes sustentáveis entre povos, sistemas, alternativas em nome da paz. Estas palavras constituem
já um insuportável lugar comum, mas quase ninguém dispõe de vocábulos de substituição.
A aparente serenidade europeia, que a União defende em termos de uma sofisticação
inútil, sobretudo porque as diferenças são aproveitadas para domínio de certos países
sobre os outros, esvai-se em normas, ou tratados cínicos que não abreviam conflitos nem
os sofrimentos de que todos, afinal, dependemos.

3 comentários:

P. Guerreiro disse...

Gosto de fotografar, gosto de me imaginar fotografo profissional, devidamente acreditado, sem escrúpulos humanísticos. o dedo leve ao sabor das circunstâncias, da beleza do local, do directo transmitido, cru, procurando a melhor luz, o dramatismo ideal.
Não faço nada disto, sou acanhado, amador, incapaz de fotografar a dor, mais capaz para agir.

Como sempre a fotografia é o olho que a sentiu. A máquina revela segredos para quem a sabe utilizar, apoderar-se da sua orgânica, utilizá-la como prolongamento da visão.

Estas fotografias requerem muito mais que uma boa máquina.


Em relação à menina Inglesa…Deixemos a polícia trabalhar.

Um abraço!

miruii disse...

Uma hiena a puxar as tripas a uma cria ainda bem viva... os felinos são menos cruéis!
Mas é a lei da vida. Há demasiados humanos...
Picada amiga

Anónimo disse...

Parabéns pela sua coragem todos nós temos uma função aqui na terra.
sexta-feira em saula de aula(curso de direito 5ºs),o colega do dhpp,trouxe algumas fotos sobre crimes hediondos;
diante das circunstâncias ;do caso dos meninos de cantareira,tenho a real convicção;de que,nós é quem deveríamos ser chamado de animais!