sábado, junho 24, 2006

PASTÉIS SECOS






comunicação em pastel






Quando ouvi falar da «revolta dos pastéis de nata», e ainda por cima na televisão, lá para a noitinha, cheirou-me a uma verdadeira mudança de critérios naquele meio de comunicação visual - ou mesmo nos nossos hábitos urbanos, até de madrugada, toda a gente a pisar as cascas duras daqueles bolos geralmente falsificados, canela por fora, leite creme torradinho a fingir rigor e competência.
Lá fui ver. Aquilo deve ser tomado por cultura, anti-cultura, vontade desimaginada de perceber a nossa envolvência urbana, nacional mas com bom humor, uma pitadinha de non-sense, amável conversa entre convidados a quem se pode tratar por tu, miúdas giras das novelas, vagabundos disfarçados de intelectuais, intelectuais soi-disant, modelos descarnados, de perna cruzada, e outra gente assim, mais ou menos, nada de perturbador. Revoltas desta forma até com pastéis secos, do século XV, achados há meses por arqueólogos emergentes, apanhadores de cacos e tíbias. Arqueólogos não vi, em todo o caso, a não ser que o pivot, rapaz simpático, que usa boina, inventa graças e acredita que a televisão de hoje pode ter este formato, estas falas, os penosos vídeos que pontuam as partes do programa.
Dos temas, que dizer? Alguns%2

1 comentário:

jawaa disse...

Assim se cultiva o povo, assim se reduz a iliteracia...