segunda-feira, janeiro 08, 2007

TEIXEIRA LOPES, GRANDE ARTISTA MAL-AMADO


desenhos em técnica mista de Gil Teixeira Lopes
Janeiro 2007, Palácio Galveias
«O que simboliza a arte senão a alegria e a tragédia?»
Esta frase de Álvaro Lapa adapta-se bem ao percurso de Gil Teixeira Lopes e às injustas omissões que o meio português lhe tem aplicado. Como noutros exemplos relevantes. Num trabalho incessante, sempre nasceram de Gil os sinais de uma forte alegria telúrica e as marcas veementes da dor, da memória trágica ou das perdas indizíveis. Agora, entre o espólio de desennhos incontáveis, provas ensurdecedoras do seu gosto pela largueza do gesto projectado na impressão de gente sem retrato, tintas dominadas a meio do acaso, riscos de renúncia e descoberta, a alegria, enfim, da mistura com os sulcos da tragédia, paradoxo da arte, ou desfocagem da morte, ou a sagração das formas que se acomodam em albuns manchados, improváveis, vividos sob o olhar de uma nova emoção. Esta presença, que recupera obras dos anos setenta é bem um pórtico para a compreensão da importante obra gravada de Teixeira Lopes.

2 comentários:

naturalissima disse...

É um dos pintores Portugues que admiro e aprecio. Daquilo que conheço da sua obra, gosto muito.
Penso ir à exposição neste fim de semana...

Um beijinho
sobrinha Daniela sua (hehehehehe...)

cegonhix disse...

Convido-o a visitar o blog que criá-mos para apoiar a exposição na Casa-Museu Anastácio Gonçalves.

http://gilteixeiralopes.blogspot.com

Cumprimentos,
Pedro Cegonho
(vogal da Junta de Santo Condestável e sobrinho da Matilde Marçal)